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Encontre o (a) Santo (a), Beato (a), Venerável ou Servo (a) de Deus

domingo, 31 de julho de 2016

SÃO JOSÉ DE CUPERTINO. A incrível história do Santo que chamava a si mesmo de "Frei Burro".



Após varias tentativas de entrar na vida religiosa (ele era considerado ignorante e sem cultura), o "irmão burro", como as vezes era chamado, foi aceito no Convento Franciscano em Grotela onde ele foi ordenado em 1628.

Sua vida tonou-se uma série de visões e êxtases, as quais aconteciam em qualquer local e a qualquer hora pelo som do sino de uma igreja ou pelo som de uma musica sacra ou simples menção do nome de Deus ou da Virgem Maria ou ainda a menção de eventos da vida de Cristo como a Sagrada Paixão ou a visão de uma pintura sacra.

Gritos, beliscões, queimaduras, agulhadas, nada o trazia de volta de seus transes; mas ele voltada na hora com a ordem do seu superior.

Ele por várias vezes levitava e flutuava como um pássaro (daí ele ser o padroeiro dos aviadores e passageiros de aviões).

Mesmo no século 17 já havia interesse no incomum e os extasies de José, em público, provocaram admiração em uns e constrangimento em outros.

Por 35 anos não foi permitido a ele atender o coro, o refeitório comum, e dizer Missa na igreja, para prevenir que ele fizesse um espetáculo em público, ele recebeu ordens de ficar em seu quarto com uma capela privativa.

O Papa Urbano VIII encontrou-se com ele em Grotela e ele ao ver a imagem de Nossa Senhora entrou em êxtase.

O Papa, que falava aramaico, fez perguntas complicadas e o mesmo respondeu na mesma língua, com grande sabedoria e naturalidade.

Depois deste episódio, ele passou a ser muito respeitado e por várias vezes foi consultado pelos exegetas da Igreja sobre questões muito controvertidas e o "irmão burro" respondia a todas como se fosse um luminar na matéria.

Dizia com simplicidade que em algumas de suas visões as vezes ficava conversando com alguns apóstolos e as vezes com Jesus e a Virgem Maria.

De alguns êxtases ele não se lembrava de nada, mas de outras visões ele tinha perfeita lembrança e as descrevia com detalhes que deixava a todos boquiabertos.

Para evitar constrangimento para ele e para a Igreja, José foi enviado a uma casa Capuchinha e depois para uma casa Franciscana e a outra Capuchinha e assim por diante.

Mas, José permaneceu fiel ao seu espirito alegre e brincalhão sempre se submetendo Divina Providência.

Fazia os 40 dias de jejum a cada ano na quaresma sempre com uma fé inabalável.

Foi beatificado em 17 de junho de 1703 pelo Papa Benedito XIV e canonizado em 16 de julho de 1767 pelo Papa Clemente XIII.
É o padroeiro dos tripulantes e passageiros de aeronaves, astronautas e pilotos aviadores, pilotos de asa delta, ultra leves, etc.

Ele era carente de capacidade intelectual a ponto de chamar-se a si mesmo de "Frei Burro". Mas, cheio de luzes sobrenaturais, discorria em profundidade sobre temas teológicos e resolvia intrincadas questões que lhe eram apresentadas.

Deus criador chama todos e cada um dos homens à santidade, porém, em sua sabedoria infinita, o faz pelas mais diversas vias.

A uns pede que se isolem como eremitas nos desertos, a outros manda pregar às multidões.

Conserva por toda a vida a inocência imaculada de uns, enquanto a outros faz emergir de uma situação de terríveis pecados para, arrependidos, atingirem a perfeição.
Há, porém, um contraste que desperta especialmente a atenção: quando a excelência das virtudes floresce numa alma pouco favorecida pelas capacidades intelectuais.


Deus suscitou inteligências luminares, como São Tomás de Aquino ou Santo Agostinho, mas, para demonstrar sua onipotência, elevou a alto grau de santidade também homens os mais desprovidos de capacidades naturais. Um destes últimos é São José de Cupertino.

terça-feira, 26 de julho de 2016

SANTO ALBERTO CHMIELOWSKI, Leigo, Terciário Franciscano, Anjo da Caridade na Polônia.



Santo Alberto Chmielowski, definido pelo Papa São João Paulo II, grande devoto seu, como “o São Francisco polonês do século XX” pela forma de vida marcada por uma pobreza rigorosa e alegre, nasceu em Igolomia, perto de Cracóvia, em 20 de Agosto de 1845, como primogênito de Alberto Chmielowki e de Josefa Borzylawska. Foi batizado a 26 desse mês, com o nome de Adão Hilário Bernardo. A família era abastada, detentora de enormes propriedades. Aos sete anos, perdeu o pai. A mãe mudou-se para Varsóvia, onde Adão prosseguiu os estudos, primeiro na escola de cadetes, depois no instituto de agronomia, para melhor se dedicar à sua lavoura.


Em 1863, aos 18 anos, participou da insurreição contra o domínio do Czar da Rússia. Foi ferido, na batalha de Melchow e levado prisioneiro. No cárcere, foi-lhe amputada a perna esquerda, sem anestesia, operação que aguentou com heroica valentia. Após um ano, conseguiu fugir. Matriculou-se em Paris, numa academia de pintura. Foi para a Bélgica e, posteriormente, para Mônaco, regressando depois a Varsóvia, onde se formou em pintura e arquitetura. As suas telas tornaram-no muito popular e conhecido.


A meditação sobre a paixão de Cristo levou-o a mudar de vida. Começou a preocupar-se e a afligir-se com os necessitados e pobres. Ingressou na Terceira Ordem de São Francisco e começou a socorrer mendigos, vagabundos e doentes abandonados por serem repugnantes. Fazendo-se pobre com os pobres, à semelhança de Cristo, que de tudo Se despojou em favor dos outros, ia distribuindo os haveres, ganhos com os trabalhos de pintor notável, entre os mais necessitados, que reunia nos albergues públicos, onde também ele dormia. Chegou a mendigar com eles.


Portando o hábito de burel, prosseguiu na sua caridade para com os indigentes. Como não se sentisse capaz de sozinho socorrer tantos pobres, com a aprovação do bispo de Cracóvia, reuniu alguns companheiros e lançou os fundamentos de uma nova congregação, os Servos dos Pobres, mudando o seu nome para Alberto, ao fazer os seus votos de pobreza, castidade e obediência.
Não escreveu nenhuma Regra, mas o seu exemplo e proceder foram incentivo e modelo inédito de viver à maneira de Cristo. Construiu oficinas várias, para os necessitados poderem ganhar alguma coisa e reconstituírem a vida. Jamais aceitou bens imóveis ou auxílios econômicos estáveis.


De tal modo essa obra de assistência se multiplicou, que à sua morte deixou 21 grandes casas de asilo para pobres e 92 eremitérios com função de sanatórios para religiosos doentes. Tudo isso era organizado e administrado pelos irmãos e irmãs da Ordem Terceira de São Francisco, Servos dos Pobres, que se comprometiam a uma plena e perene disponibilidade para servir os miseráveis, os sem abrigo, os marginalizados, os abandonados, os vagabundos, os doentes, os idosos e os moribundos. Ele próprio adotara a forma de vida dos mendigos, morando nos seus tugúrios e compartilhando com eles as esmolas recebidas. Em comunidade era tratado por “Irmão Ancião”.

Vivendo em casas do Estado ou da Diocese, limitava-se a receber o que lhe iam dando, dia a dia. Nos albergues acolhia todos os infelizes, sem querer saber suas origens, raça, etnia ou religião. A 15 de Janeiro de 1891, ao reparar nas necessidades de tantas mulheres, com a cooperação de Ana Francisca Lubanska e Maria Cunegundes Silokowka, seduzidas pelo seu exemplo, fundou um ramo feminino da sua associação, para que alimentassem as famintas e as acolhessem em abrigos decentes, sobretudo nos casos de epidemias.

Com palavras de ânimo e conselhos apropriados, com pregações sobre os desajustamentos sociais, ressaltando a obrigação de todos, sobretudo os mais favorecidos em riquezas, de ajudarem os ignorantes e miseráveis, Santo Alberto não só formava os seus seguidores como suscitava nos ricos um desprendimento que os impulsionasse a uma generosa caridade. Para a direção das duas congregações recorria aos conselhos de prudentes sacerdotes. Para a fundação de novas casas nunca prescindia da opinião e do consentimento do bispo.

Santo Alberto e seu grande amigo e diretor espiritual, São Rafael Kalinowski, carmelita descalço.


Não obstante a prótese rudimentar na perna, viajava imenso para fundar novos asilos e visitar as diversas casas religiosas. A sua fama cedo ultrapassou os limites de Cracóvia e se estendeu a toda a Polônia, concentrando-se num só nome: Frei Alberto. Tudo nascera do nada; tudo ia "de vento em popa", com o capital inesgotável da Providência.
Em tudo seguiu o exemplo de São Francisco de Assis. Sempre confiou a sua missão à Providência divina. Tomava forças na oração, na Eucaristia e na meditação do mistério da Cruz.
Nos últimos dez anos da vida andou atormentado com um tumor no estômago; mas ninguém o soube senão os poucos meses antes da morte, quando o mal se agravou. Sem exprimir qualquer lamento, expirou no dia de natal de 1916, no hospício dos pobres, em Cracóvia.

Antes de morrer, apontando para a imagem de Nossa Senhora de Czestochowa, disse aos irmãos e irmãs: “Esta Senhora é a vossa Fundadora, lembrai-vos disso”. E ainda: “Em primeiro lugar observai a pobreza”. Por ocasião de sua morte, tinha já várias comunidades ao serviço dos pobres, com mais de uma centena de discípulos. Junto das pessoas que ele tinha aproximado e conhecido, deixou um testemunho maravilhoso de fé e de caridade. Em Cracóvia, na Polônia, é conhecido como o Pai dos pobres, e por sua pobreza evangélica.

   Com sua morte, sua maior aventura ainda não terminara. As suas exéquias foram uma celebração triunfal, em que participou toda a cidade, mas os pobres constituíam a nota dominante do enorme cortejo fúnebre.
O irmão Alberto deixou um rastro eficaz na história da Igreja. Ele não só agiu no caminho direito do Evangelho sobre a misericórdia de Cristo, aceitando-a, mas acima de tudo introduziu-a na sua própria vida religiosa. Hoje, os irmãos Albertinos e as irmãs Albertinas realizam o carisma do Fundador prestando os seus serviços na Polônia. As irmãs se espalharam pela Itália, pelos EUA e na América Latina.


    Os seus restos mortais repousam na igreja dos carmelitas de Cracóvia, meta incessante de peregrinação. Em 22 de Junho de 1983 o Papa São João Paulo II beatificou a Alberto em Cracóvia, durante sua segunda viagem apostólica à Polônia. Foi proclamado Santo em 12 de Novembro de 1989, em Roma, pelo mesmo Santo Pontífice, seu compatriota. A Igreja considera-o como um modelo para o nosso tempo, uma testemunha do amor de Deus, que se manifesta no amor cristão ao próximo, no espírito da bondade evangélica, desafio constante à capacidade de ver a imagem de Deus nos mais miseráveis, naqueles a quem a sociedade costuma chamar marginalizados, mendigos, abandonados, deficientes, drogados... É essa a caridade que caracteriza os santos.

sábado, 23 de julho de 2016

SANTA BRÍGIDA DA SUÉCIA, Viúva, Religiosa e Mística. Uma das maiores místicas da História da Igreja (memória em 23 de julho).





O que o Salvador disse a Nicodemos: O espírito sopra onde quer, o mundo cristão o viu, pelos fins do século XIV em Santa Brígida, da Suécia e Santa Catarina de Siena. Aquela nasceu nos confins extremos da Suécia, na província de Upland, no domínio de Finstad, não longe de Upsala, então capital de todo o reino. Nasceu no começo do século XIV, no ano de 1302. Seu nome é propriamente Birgida, transforma em Brígida pelo uso comum. Sua família era uma das mais ilustres; tinha parentesco próximo com a família real e descendia dos antigos reis do país.

Nela a piedade era hereditária, como a nobreza. O avô, o bisavô e o trisavô do pai de Brígida, por devoção aos mistérios da Paixão do Salvador, fizeram uma peregrinação a Jerusalém e aos outros santos lugares, que Jesus Cristo ilustrou com sua presença. O príncipe Birger, seu pai, juiz ou governador da província de Upland, era homem cheio de piedade e de virtude. Fundou grande número de igrejas e de mosteiros; fez peregrinações a Roma, a Jerusalém e a outros santos lugares, a exemplo de Pedro, seu pai e de seus antepassados. Jejuava, confessava-se e comungava todas as sextas-feiras, a fim de conseguir a graça de sofrer pacientemente as cruzes que Deus lhe mandava até a sexta-feira seguinte. A princesa, sua esposa, chamada Indeburga, filha de Ligride, não tinha menos piedade. O túmulo dos dois esposos existe ainda na catedral de Upsala.

Quanto à Santa Brígida, da qual temos uma vida contemporânea escrita por Birger, arcebispo de Upsala, seu nascimento foi ilustrado por diversos prodígios. Sua mãe, a princesa Ingenurga, escondia terna piedade, sob hábitos, convenientes à alta linhagem.

Uma religiosa, vendo-a assim vestida, taxou-a de orgulhosa, em seu coração. Na noite seguinte, durante o sono, um personagem venerável apareceu-lhe, dizendo: Por que pensaste mal de minha serva, tratando-a de orgulhosa, o que, entretanto, não é verdade? Dela farei nascer uma filha, com a qual farei aliança, conferindo-lhe uma graça tão grande, que todas as nações não serão suficientes para admirá-la. A essa circunstância maravilhosa, o arcebispo de Upsala, bem como os outros biógrafos acrescentam uma segunda. A princesa Ingeburga, estando grávida de Brígida, naufragou nas costas da Suécia e foi salva do perigo pelo irmão do rei. Na noite seguinte, um personagem vestido, com uma roupa brilhante apareceu a Ingeburga, e lhe disse: Foi em consideração à criança que trazeis, que fostes salva da morte; tende cuidado em criar no amor de Deus o que Deus vos deu especialmente. Enfim, no nascimento de Brígida, o vigário da paróquia, homem venerável por sua idade e virtude, passava as noites em oração numa igreja vizinha, quando viu uma nuvem luminosa e no meio da nuvem a Santa Virgem sentada, tendo na mão um livro e dizendo-lhe: Nasceu em Birger uma menina cuja voz admirável será ouvida por todo o mundo. Eis o que refere o arcebispo de Upsala, bem como os outros biógrafos contemporâneos de Santa Brígida.

Entretanto, a maravilhosa criança ficou muda durante os três primeiros anos. No fim desse tempo, começou, não a balbuciar, como as crianças, mas a falar perfeitamente como as pessoas já adultas. Viu-se aí um efeito da sabedoria divina que abre a boca dos mudos e torna eloquentes as línguas das crianças, a fim de tirar da boca das crianças, e daqueles que ainda mama, um louvor perfeito. Esperando, sua piedosa mãe, cheia de boas obras e esmolas, como outro Tabit, caiu gravemente doente. Soube e predisse a morte vários dias antes. Vendo a aflição do esposo e dos outros, disse-lhes com muita coragem: Por que afligir-vos. É muito ter vivido e ter vivido bastante; ao contrário, devemos alegrar-nos de que sou chamada a um Senhor mais poderosos, Tendo-se, então, despedido de todos, adormeceu no Senhor. A jovem Brígida dói confiada pelo pai e uma tia materna tão prudente quão piedosa.

Na idade de sete anos, a criança viu diante do leito um altar, e sobre ele uma senhora assentada com vestes resplandecentes, tendo na mão uma coroa e que lhe disse: Vem, Brígida. A menina levantou-se logo e correu para o altar. A senhora perguntou-lhe: Queres esta coroa? A criança disse que sim e a senhora colocou-a sobre a cabeça e Brígida sentiu-a como um círculo. Voltando ao leito, a visão desapareceu. Ela jamais, porém, a esqueceu. O que não é de admirar, observa o arcebispo de Upsala, pois era sinal de que seria um altar de holocausto, onde o fogo da caridade divina arderia sempre e Jesus Cristo, seu esposo lhe conservaria uma coroa imortal e sem mancha nos céus.

Na idade de dez anos, era como um lírio muito puro que se erguia da terra ao céu. Ostentava o modelo de todas as virtudes, a sobriedade, com a modéstia, a simplicidade com a ponderação, a humildade com a obediência, com a beleza na consciência, a hilaridade na paciência com uma caridade infatigável. Aparecia como esposa de Deus, como uma pérola brilhante, cheia de graça a todos os olhos e amada por todos. Devia, porém, subir ainda mais alto.

Um dia, ouviu um sermão sobre a Paixão de Jesus Cristo; ficou tão emocionada, que escreveu aquela Paixão nas tábuas do coração. Na noite seguinte, viu Jesus Cristo, sendo crucificado, o qual lhe disse: Eis como fui tratado. Ela, pensando que era coisa recente, respondeu-lhe: Senhor, quem vos fez isso? - Aqueles que me desprezam e são insensíveis a meu amor, respondeu Jesus Cristo. Desde esse momento, refletindo, ela sentia-se tão sensível à paixão do Salvador, que não podia lembrá-la sem derramar torrentes de lágrimas. Uma noite, quando as jovens companheiras dormiam, saiu do leito e prostrou-se em adoração e em lágrimas diante do crucifixo do quarto. Naquele mesmo momento lá entrou secretamente a tia, que, muito admirada de vê-la naquela posição, julgou ser uma brincadeira da sobrinha e mandou buscar umas varas para corrigi-la e tornar mais discreta. Mas, com sua grande surpresa, as varas quebraram-se-lhe na mão. Disse então: Que fizestes, Brígida? Alguma mulher vos ensinou essas orações enganadoras? A jovem virgem respondeu chorando: Não, senhora, mas eu me levantei do leito para louvar àquele que sempre me assiste. - E quem é Ele? - É o Crucificado, que vi ultimamente. - Desde aquele dia, a tia começou a ter por ela mais afeto e veneração, compreendendo que semelhantes disposições não vêm dos homens, mas de Deus.

Outra vez, quando a jovem virgem brincava com as companheiras, o diabo apareceu-lhe sob forma horrível, tendo cem mãos e cem pés. De espanto, ela correu ao quarto, e recomendou-se humildemente ao Crucificado. O diabo lá apareceu, mas disse: Nada posso fazer, se o Crucificado não o permitir. A tia soube mais tarde o que havia acontecido e recomendou-lhe que guardasse silêncio, sobre o que tinha visto e pusesse a confiança em deus, amando a Jesus Cristo acima de todas as coisas, sabendo que a vida de nossa peregrinação não pode ser sem tentação, a fim de que cada qual aprenda a ser conhecer; aliás não se pode ser coroado, se não se tiver vencido, nem vencer sem combate, nem combater sem experimentar as tentações do inimigo.

Brígida desejara ter permanecido sempre virgem, mas na idade de treze anos, seu pai fê-la desposar Ulphon, príncipe ou governador de Nerícia, que tinha dezoito, A exemplo dos jovens Tobias e Sara, sua esposa, guardaram a continência, perto de dois anos, para obter de Deus a graça de usar santamente do matrimônio e ter filhos fiéis em servi-lo.


Tiveram oito, quatro meninos e quatro meninas.

A mãe, depois de ter vivido santamente na virgindade não viveu menos santamente no casamento. Regulou tão bem toda a vida, que jamais deixou motivo a alguma suspeita sinistra, nem a maledicência alguma. Para isso, não admitia nem criadas nem companheiras cuja reputação não fosse sem mancha, para que sua familiaridade não lhe atraísse alguma má fama.


Sabendo que a ociosidade é mãe de todos os vícios, dedicava-se com suas domésticas a trabalhos para as igrejas e para os pobres, lia as vidas dos santos e a Bíblia, que tinha feito traduzir em língua gótica; ora, ia à igreja e ouvia com prazer o ofício divino. Com seu esposo, o príncipe Ulphon, confessava-se todas as sextas-feiras e comungava todos os domingos e festas. Como Judite tinha um oratório secreto, onde, de vez em quando, se recolhia na presença de Deus, examinava a consciência, chorava as faltas; onde, quando o marido estava ausente, passava as noites inteiras em oração, vigílias, jejuns e outras mortificações; sempre se abstinha de iguarias, as mais delicadas, mas secretamente, para não ser notada pelo marido ou por outros. Tinha a mais terna devoção pela Santa Virgem que, nos partos laboriosos, lhe concedia um fácil resultado, quando todos pensavam que ia perder a vida. Suas esmolas eram muito grandes. Tinha uma casa muito ampla para os pobres. Todos os dias, alimentava doze deles em casa; na quinta-feira, lavava-lhes e beijava-lhes humildemente os pés, em memória do que Nosso Senhor tinha feito a seus apóstolos. Restaurou grande número de hospitais no país natal e em suas terras; lá ia visitar os pobres e os enfermos, acompanhada pelas filhas, especialmente Santa Catarina. Lá a piedosa mãe medicava com as próprias mãos as chagas e as úlceras dos enfermos, dando-lhes esmolas e dirigindo-lhes palavras de consolo, mostrando aos filhos, com o exemplo, como deviam um dia servir também aos pobres e aos enfermos por amor de Deus. Depois do nascimento do oitavo filho, Ulphon e Brígida guardaram continência.

No ano de 1335, o rei Magno, da Suécia, desposou Branca, filha do conde Namur; queria que Brígida, sua parente, fosse governanta da jovem rainha, Brígida interessou-se vivamente pela salvação e pela prosperidade de uma e de outro, tanto mais que ambos eram jovens. Rogava por eles, dava-lhes bons conselhos, às vezes mesmo advertências, resultado de revelações sobrenaturais. A princípio muito eles aproveitaram. Mas ambos eram de caráter inconstante, e por outro lado, outros conselhos lhe foram sugeridos. Com o tempo, o mal venceu o bem; Brígida, anunciou calamidades: o rei ria-se e perguntava a Birger, filho da santa: Que foi que nossa prima, vossa mãe, sonhou esta noite a nosso respeito? Mas as predições de Brígida se realizaram. O reino de Magno, com o resultado do mau governo, encheu-se de perturbações e de revoluções; os estados insurgiram-se contra sua tirania; ele foi excomungado pelo papa por ter confiscado as rendas da Igreja; a rainha Branca pereceu miseravelmente em 1363; o rei, depois de ter perdido a coroa da Suécia, morreu acidentalmente, afogado, no ano de 1374.

Brígida deixou a corte muito cedo e Ulphon seguiu o exemplo da esposa. Pensavam somente em se santificar, bem como a família. Fizeram muitas peregrinações à Noruega, França, Espanha, Itália, Alemanha: na Noruega, visitaram, em Nidrósia ou Drontheim, capital do reino, o túmulo do rei e mártir Santo Olaus; na Espanha, São Tiago de Compostela. Embora tivessem numerosa equipagem, Brígida fazia uma parte do caminho a pé por espírito de piedade e de mortificação.

Depois de ter visitado muitos santuários, voltavam à pátria, quando o príncipe Ulphon caiu doente na cidade de Arras; mal se tornou tão grave, que ele recebeu os últimos sacramentos das mãos do bispo, deixando Brígida em viva ansiedade. Ela invocou São Dionísio, apóstolo da França. O santo apareceu-lhe, predisse-lhe que Deus queria por meio dela tornar-se conhecido do mundo e que ela estava entregue à sua especial proteção e como prova disse, seu esposo não morreria daquela doença.

Alguns dias depois, ela teve uma revelação de como ele passaria a Roma e à santa cidade de Jerusalém, e enfim, sairia deste mundo. Deus realizou misericordiosamente tudo aquilo, diz o arcebispo de Upsala. O príncipe reconquistou a saúde, depois de uma doença muito longa; voltaram ambos com saúde à pátria. Renovaram o voto de conservar a continência e resolveram entrar cada qual num convento.

Tendo então regulado os negócios e disposto os bens, o príncipe Ulphon entrou no mosteiro de Alvastre, ordem dos cistercienses, fundado em 1150 por Suercher, rei da Suécia. Aí viveu alguns anos na prática de todas as virtudes, e morreu em 1344. O príncipe Ulphon de Nerícia é nomeado no menológio de Cister, a 12 de fevereiro.

Poucos dias depois da morte do esposo, Brígida dividiu os bens entre os filhos e os pobres, Renunciou à condição de princesa para se consagrar inteiramente à penitência. Usava apenas uma túnica de linho com exceção do véu, com que cobria a cabeça; usava um hábito grosseiro, que prendia com uma corda cheia de nós. As austeridades que praticava são incríveis; duplicava-as ainda, às sextas-feiras, e nesses dias passava somente a pão e água. Tendo feito construir o mosteiro de Watstein, na diocese de Lincopen na Suécia, lá colocou sessenta religiosas; instalou, num edifício separado do mosteiro, treze sacerdotes em honra os doze apóstolos e de São Paulo, quatro diáconos para representar os quatro doutores da Igreja e oito irmãos conversos; deu a todos as regras de Santo Agostinho, as quais acrescentou constituições particulares. Lemos, em alguns autores que o Salvador mesmo ditou essas regras, mas com ordem de submetê-las ao exame do soberano Pontífice, visto que o Salvador veio a este mundo não para destruir a lei, mas para aperfeiçoá-la.

Santa Brígida ficou assim dois anos na Suécia, perto do mosteiro de Alvastre, onde estava enterrado o esposo, como no novo mosteiro de Watstein. Sua vida pobre e penitente, depois de um estado de princesa, atraiu-lhe as zombarias do mundo, respondeu: Não foi por causa de vós que comecei; não será por causa de vós que terminarei. Resolvi, em meu coração, suportar as palavras. Rezai para que eu persevere.

Com suas vestes de pobre, não deixou de se apresentar ao rei da Suécia, para lhe anunciar que ele e seu reino seriam castigados, com grandes calamidades, se não se corrigissem de certos defeitos e desordens. Alguns dos grandes murmuravam e ter-lhe-iam mesmo provocado confusão, se não soubessem que ela era parente do rei. Pelo menos zombaram dela entre si mesmos, tratando-a de feiticeira, a tal ponto que os filhos queriam vingar-se disso; mas ela rogou-lhe que nada fizessem, dizendo: Deus é testemunha de que prefiro, por amor de Jesus Cristo, sofrer esses desprezos e essas zombarias a ter a coroa do rei sobre a minha cabeça.

Se a santa viúva teve de sofrer da parte dos homens, Deus a consolou superabundantemente com revelações e comunicações sobrenaturais. Essas revelações foram examinadas por doutores católicos e aprovadas pela Santa Sé, neste sentido, que nada contém de contrário a fé, e que nelas se pode crer piamente.

Os principais objetos dessas revelações e contemplações de Santa Brígida são: a Paixão do Salvador e a Santa Virgem. Quanto à Paixão do Salvador, nada se vê aí, mais do que no Evangelho, a não ser certas circunstâncias de particulares muito naturais. Com relação à Virgem, diz-se expressamente que ela foi concebida sem pecado, e que subiu aos céus, em corpo e alma. Uma das particularidades mais tocantes é a Virgem mesma, narrando a Santa Brígida seu progresso no conhecimento de Deus e de sua lei: 
"Desde a mais tenra idade, quando compreendi o que Deus era, sempre fui cuidadosa e temerosa de minha salvação e de meu procedimento. Mas, quando compreendi mais plenamente que o mesmo Deus era meu criador e juiz de todas as minhas ações amei-o intimamente, temi ofendê-lo mais que nunca, quer por obrar, quer por palavras. Depois, quando soube que tinha dado sua lei e seus mandamentos ao povo, e tinha feito com ele tantas maravilhas, resolvi firmemente em minha alma só amar a ele e nada mais do que ele, e as coisas mundanas eram-me grandemente amargas.

Enfim, tendo sabido que o mesmo Deus resgataria o mundo e ele nasceria de uma virgem, fui tomada de tão grande amor para com ele, que só pensava em Deus, que só queria a deus. Afastei-me, quanto possível, das conversas familiares e da presença de parentes e amigos. Dava aos pobres tudo o que podia e reservava-me apenas o simples vestuário e o pouco de que precisava para viver. Nada me agradava, fora de Deus. Sempre eu desejava em meu coração viver até o tempo de seu nascimento, na esperança de que eu mereceria talvez tornar-me indigna serva da mãe de Deus. Fiz também voto, em meu coração, de guardar a virgindade, se Deus o tivesse por agradável, e nada possuir no mundo. 

Encontramos revelações muito semelhantes na vida de Santa Isabel da Turíngia. Além das revelações que se referem à fé, há em Santa Brígida como nas profecias da antiga lei, muitas exortações, advertências, às vezes muito severas a Papas, a reis, a povos, a classes de homens, padres e cavaleiros. Mais de uma vez essas exortações encerraram ameaças proféticas que tiveram sua realização.

No ano de 1371, a ilustre viúva sueca, como outrora a ilustre viúva romana, Santa Paula, da família dos Gracos e dos Cipiões, empreendeu, em idade avançada, ante uma revelação particular, a peregrinação a Jerusalém. Chegando a Roma já enferma, ficou mais doente ainda. Sentindo-se perto do fim, deu avisos muito comoventes ao filho, o príncipe Birger e à filha, Santa Catarina de Suécia, que estava com ela; depois quis ser estendida sobre um cilício para receber os últimos sacramentos.

Morreu, a 23 de Julho de 1373, na idade de setenta e um anos. Enterraram-na na igreja de São Lourenço, in Panis-Perna que pertencia às pobres Clarissas. No ano seguinte, o príncipe Birger, seu filho, e Santa Catarina sua filha, fizeram levar-lhe o corpo para o mosteiro de Watstein, na Suécia. Foi canonizada pelo Papa Bonifácio IX, a 7 de Outubro de 1391.


 (Fonte: Vida dos Santos, Padre Rohrbacher, Volume XIII, p. 273 a 284)

terça-feira, 19 de julho de 2016

Beato Luís Tezza, presbítero camiliano e co-fundador das Filhas de São Camilo.


Luís Tezza nasceu em 1º de novembro de 1841, na cidade de Conegliano, na Itália. Sua família era muito religiosa e gozava de boa situação financeira. Seus pais chamavam-se Augusto e Catarina Nedwiedt. Seu pai era médico e sua mãe era uma santa mulher, cuidava de casa. Devido questões de trabalho de Augusto, a família muda-se para Veneza, ele foi exercer medicina no hospital São João e São Paulo de Veneza. Passado um ano e meio, Augusto novamente é transferido; foi para um município próximo de Veneza, para onde levou sua família.
O pequeno Luís amava e admirava muito seu pai, Augusto, pois era um homem muito bom. No exercício de sua profissão foi capaz de curar e confortar a muitas pessoas doentes. O exemplo dele mais tarde refletiu na vida de se filho. Quando Luís tinha oito anos de idade, seu pai faleceu, no dia 11 de janeiro de 1850. Com a morte de Augusto, o pequeno Luís e sua mãe retornam para a cidade natal, Conegliano, permanecendo juntos dos parentes e familiares.
Ali o jovem Luís começou os estudos fundamentais. Em certa ocasião, ainda bem jovenzinho, ele escreveu ao Padre Luís Artini, camiliano, superior da Casa Santa Maria del Paradiso, em Verona. O jovem manifestava o desejo de conhecer o carisma e a espiritualidade camiliana e conversar pessoalmente com o Padre Artini. Na verdade, Luís Tezza buscava discernir sua vocação. No dia 29 de outubro de 1856, Catarina, acompanha seu filho à comunidade de Santa Maria del Paradiso. Ali iniciava sua formação religiosa, sob a orientação do Padre Artini.
Uma vez separada de Luís, sentindo-se muito sozinha, Catarina, no dia 31 do mesmo mês, ingressou no mosteiro da Visitação. Renunciou a todos os bens, doando-os aos pobres e ao Instituto, que a acolhera. No dia 21 de agosto de 1857, Catarina recebeu o hábito das Monjas da Visitação do Mosteiro de Pádua, cerimônia, a qual o religioso camiliano Luís Tezza estava presente. Sua mãe morreu no dia 2 de agosto de 1880.
Quando contava com 18 anos de idade, Luís emitiu a profissão Religiosa perpétua, em 8 de dezembro de 1858, aos 23 anos, no dia 21 de maio de 1864, foi ordenado presbítero. Padre Luís Tezza muito jovial, inteligente e bondoso inicia seu apostolado. Desempenhou serviços difíceis e delicados: Mestre de noviços, Superior Provincial, Vigário Geral etc.
Em 1866, padre Tezza viveu momentos complicados com a lei de supressão das Ordens e Congregações Religiosas. Ele sempre alimentou o afã pelas missões. Teve convite para um projeto de missões, por meio do missionário Daniel Comboni, hoje, Bem-aventurado. Por obediência aos seus superiores recusou. Após essa recusa, ele foi mandado para Roma e nomeado Vice Mestre de Noviços, em 1869. Um ano depois foi nomeado Vice Provincial da Província Francesa.
Depois de três anos depois ele voltou para Roma. Com ele vários religiosos e noviços. Saíram expulsos da França. Todos foram acolhidos em Verona. Padre Tezza retorna à França em 19 de abril de 1881, onde ocupou a função de Superior de Lille e, em 1885, foi feito Superior Provincial. Após quatro anos, em 1889, durante a celebração do 36º Capítulo Geral da Ordem, foi eleito Consultor Geral. Nesta época já pensava em formar uma Congregação feminina, sob o espírito de São Camilo.
No mês de dezembro de 1891, Padre Luís Tezza, foi assessorar um retiro espiritual no convento das Irmãs de Nossa Senhora do Cenáculo. Dentre as participantes estava a jovem Judite, mais tarde, Madre Josefina Vannini, também beatificada. 
Com a autorização do Cardeal Vigário, no dia 2 de fevereiro de 1892, na Capela da Casa Geral dos Camilianos, em Roma, o Padre João Mattis, Superior Geral, conferiu à Judite e duas companheiras, o escapulário e a cruz vermelha de São Camilo. Toda a cerimônia foi assistida e apoiada profundamente pelo Padre Tezza. Aquele momento foi o marco de um sonho, ele via nascer a Congregação Filhas de São Camilo.
No dia 26 de abril de 1900, o Padre Tezza com o Padre Ângelo Ferroni, foram enviados à Comunidade de Lima, Peru. Chegaram no dia 19 de junho do mesmo ano. Alguns anos depois de atividade em Lima, os Padres Tezza e Ferroni deveriam regressar para Roma. Mas atendendo ao pedido do Núncio de Lima, Padre Tezza permanece e Padre Ferroni voltou a Roma. Padre Luís Tezza foi nomeado pela Autoridade Eclesiástica de Lima confessor do Seminário Central da Arquidiocese e de muitos outros, como também atendeu várias Ordens de vida contemplativa.
Depois de uma vida toda entregue ao serviço da caridade para com os doentes e necessitados, no dia 26 de setembro de 1923, em Lima, na Casa de Santa Maria da Boa Morte, Padre Luís Tezza faleceu. A cidade de Lima ficou consternada pela grande perda, do santo de Lima. Assim ficou conhecido: o “Apóstolo de Lima”. No dia 28 de novembro de 1947, seu corpo foi exumado e levado para Buenos Aires. Seus restos mortais foram colocados na Capela da Casa Provincial das Filhas de São Camilo, no dia 20 de fevereiro de 1948.

O Padre Luís Tezza foi proclamado pela Igreja Bem-aventurado no dia 4 de novembro de 2001, por sua Santidade o Papa João Paulo II.

(Fonte: site Fraternidade São Gilberto) 

segunda-feira, 18 de julho de 2016

Beato Josef Mayr-Nusser, Leigo e Mártir (condenado à morte por negar-se a jurar obediência a Hitler). Reconhecimento recente do martírio.



Josef Mayr-Nusser nasceu em Bolzano (Itália), em 27 de dezembro de 1910, em uma família de camponeses profundamente cristãos. Casou-se aos 22 anos e teve um filho. Entre suas leituras favoritas estavam as obras de São Tomás Moro, Santo Tomás de Aquino e Frederic Ozanam, assim como a vida de São Vicente de Paulo.

Aos 22 anos, uniu-se à Sociedade de São Vicente de Paulo e à organização internacional de voluntários católicos dedicada a servir aos pobres e necessitados, a qual buscava imitar a caridade do santo.

Além disso, envolveu-se na Ação Católica e chegou a ser líder na Diocese de Trento em 1934. Em 1937, chegou a ser presidente da sucursal da Sociedade de São Vicente de Paulo em Bolzano.

Dois anos depois, começou a Segunda Guerra Mundial. Mayr-Nusser não perdeu tempo e entrou para o movimento antinazista “Andreas Hofer Bund”.

Ao reconhecer o martírio do Venerável Servo de Deus Josef  Mayr-Nusser, aprovando-lhe a beatificação, o Papa Francisco disse, “dar testemunho é a nossa única arma eficaz” e deve-se mostrar a todos que “o único chefe que tem direito a uma completa e ilimitada autoridade e a ser nosso ‘condutor’ é Cristo”, assinalou em referência ao surgimento do fascismo na Europa.

Entretanto, em 1943 a Itália entrou em uma guerra civil depois da breve detenção de Benito Mussolini. Neste contexto, os alemães invadiram a região norte do país. Os nazistas estabeleceram o “Schutzstaffel” ou “esquadrão protetor”, normalmente conhecido como as “SS”. Jozef foi obrigado a unir-se em 1944 às “SS”.

Em uma carta dirigida à sua esposa, Jozef escreveu: “Reze por mim, para que na hora da provação possa atuar sem indecisões segundo o parecer de Deus e da minha consciência (…) você é uma mulher corajosa e nem sequer os sacrifícios pessoais que possivelmente te exijam poderão endurecer o teu coração e condenar o teu esposo, porque preferiu perder a vida do que abandonar o caminho do dever”. 
Deste modo, no momento do juramento de lealdade a Hitler, Jozef se negou. De acordo com uma testemunha, Jozef estava “pensativo e preocupado”, mas com “voz forte” respondeu ao general: “não posso fazer um juramento a Hitler em nome de Deus. Não posso fazê-lo porque a minha fé e a consciência não me permitem”.

Por isso, foi preso e condenado à morte por traição em 1945. Foi enviado no trem ao campo de concentração de Dachau (Alemanha), onde deveria ser fuzilado.


Entretanto, durante a viagem teve uma disenteria e morreu no dia 24 de fevereiro de 1945 aos 34 anos, antes de chegar a Dachau. Quando encontraram seu corpo, Jozef estava com um Bíblia e um rosário.

sexta-feira, 15 de julho de 2016

SÃO SIMÃO STOCK, Presbítero Carmelita, a quem a Virgem do Carmo apareceu em 16 de julho de 1251.


Numa hora de grandes perseguições contra sua Ordem, o Santo carmelita recebeu da Santíssima Virgem o Escapulário, como símbolo de proteção e eterna aliança.

Simão nasceu em 1165, no castelo de Harford, condado de Kent, na Inglaterra, do qual seu pai era governador. Os pais do Santo uniam a virtude à mais alta nobreza. Alguns escritores julgam mesmo que tinham eles parentesco com a família real inglesa.

Sua mãe consagrou-o, antes de nascer, à Santíssima Virgem. Em reconhecimento a Ela pelo feliz parto, e para pedir sua especial proteção em relação ao filhinho, a jovem mãe, antes de amamentá-lo, oferecia-o à Mãe de Deus, rezando de joelhos uma Ave-Maria. Se, por distração, esquecia-se disso, encontrava uma resistência da parte do pequenino Simão, que recusava alimentar-se até que ela rezasse essa oração. Quando o bebê, devido a algum mal-estar próprio à idade, começava a chorar, bastava que a mãe lhe mostrasse uma estampa da Virgem para que ele se acalmasse.

O menino aprendeu a ler com pouquíssima idade. A exemplo de seus pais, começou a rezar o Pequeno Ofício da Santíssima Virgem, e logo também o Saltério em latim. Embora não conhecesse ainda a língua latina, encontrava tanto prazer nisso, que ficava extasiado.

Essa precoce criança iniciou aos sete anos o estudo das Belas Artes no colégio de Oxford, com tanto sucesso que surpreendeu os professores. Isso fez com que fosse admitido à Mesa Eucarística, num tempo em que o costume era  receber a Sagrada Hóstia muito mais tarde. Foi então que consagrou sua virgindade à Santíssima Virgem.


Eremita aos 12 anos de idade

Perseguido pela inveja do irmão mais velho, e atendendo a uma voz interior que lhe inspirava o desejo de abandonar o mundo, deixou o lar paterno na idade de 12 anos, encontrando refúgio numa floresta isolada. Preferiu seguir o chamado de Deus a permanecer no aconchego do lar.

Um enorme carvalho, cujo tronco (“stock” é “tronco” em inglês, daí o apelido do Santo) apodrecido formara uma cavidade suficiente para nela colocar uma cruz, uma imagem de Nossa Senhora e recostar-se, serviu-lhe de oratório e habitação. Empregava o tempo na contemplação das coisas divinas, oração e austeridades. Bebia água de uma fonte nas proximidades e alimentava-se de ervas, raízes e frutos silvestres. De vez em quando, porém, um misterioso cão levava-lhe um pedaço de pão. Evidentemente, como outrora aos solitários do deserto, o demônio não o deixava em paz. “Simão é entregue pelo inimigo da salvação a penas de espírito, a violentos escrúpulos, a cruéis remorsos sobre os perigos dessa via extraordinária que ele percorre, privado como estava da graça dos sacramentos, desprovido de todos os meios que a Igreja concede sem cessar aos fiéis, todos os dias exposto a morrer nessa terrível solidão, sem socorro nem consolações. O exemplo de tantos solitários que Deus conduziu na mesma via reanimava sua confiança; a lembrança das graças com as quais o Céu o tinha favorecido, para o confirmar em sua resolução, o reassegurava”.1

E, sobretudo a proteção de Nossa Senhora, a quem ele foi consagrado desde o ventre materno, vinha trazer-lhe a paz. Por outro lado, também os anjos vinham fazer-lhe companhia e o entretinham na solidão em que vivia. Assim viveu cerca de 20 anos.


Ordem para que se juntasse aos carmelitas

Nossa Senhora revelou-lhe então seu desejo de que ele se juntasse a certos monges que viriam à Inglaterra, provenientes do Monte Carmelo, na Palestina, “sobretudo, porque aqueles religiosos estavam consagrados de um modo especial à Mãe de Deus”. Apesar do grande atrativo que tinha pela solidão, Simão voltou para a casa de seus pais e retomou o curso de seus estudos. Formou-se em teologia e recebeu as sagradas ordens. Enquanto aguardava a chegada dos monges preditos, o Pe. Simão Stock dedicou-se à pregação.



Como Vigário Geral da Ordem, enfrenta perseguição

Finalmente chegaram dois frades carmelitas no ano de 1213, e ele pôde receber o hábito da Ordem em Aylesford.

Em 1215, tendo chegado aos ouvidos de São Brocardo, segundo Geral latino do Carmo, a fama das virtudes de Simão, quis tê-lo como coadjutor na direção da Ordem; em 1226, nomeou-o Vigário-Geral de todas as províncias europeias.

São Simão teve que fazer frente, nessa ocasião, a uma verdadeira tormenta contra os carmelitas, na Europa, suscitada pelo demônio através de homens ditos zelosos pelas leis da Igreja. Estes queriam, a todo custo, suprimir a Ordem, sob pretexto de ser ela nova, instituída sem aprovação da Igreja, contrariamente ao que dispunha o IV Concílio de Latrão.

Simão enviou delegados ao Papa Honório III, para informá-lo da perseguição de que estavam sendo vítimas os carmelitas e pedir sua proteção. O Soberano Pontífice delegou dois comissários para examinarem a questão. Estes, ganhos pelos adversários, opinaram pela supressão dos carmelitas. Mas a Santíssima Virgem apareceu a Honório III, ordenando-lhe que aprovasse as Regras do Carmo, confirmasse a Ordem e a protegesse contra seus adversários.(2) O Sumo Pontífice o fez mediante uma bula, na qual declarou legítima e conforme aos decretos de Latrão a existência legal da Ordem dos Carmelitas, e autorizou-a a continuar suas fundações na Europa.


Eremita no Oriente e Prior Geral

São Simão participou do Capítulo Geral da Ordem na Terra Santa, em 1237. Nesse Capítulo, tratava-se de decidir, devido às contínuas perseguições movidas pelos mouros, se era o caso de manterem ainda os conventos da Terra Santa. Uma ala pretendia permanecer, mesmo sob o risco de se enfrentar o martírio. Outros, alegando a frase de Nosso Senhor — “quando vos perseguirem numa cidade, fugi para outra” —eram partidários da trasladação total para a Europa. São Simão Stock era desta segunda opinião, alegando, ademais, que não se podia tentar a Deus nessa situação. Mas ele mesmo não pôde voltar imediatamente para a Europa, porque os sarracenos dominavam os mares. Com isso, prazerosamente isolou-se numa gruta do Monte Carmelo, onde passou mais seis anos de inteira solidão, até que, sabendo que alguns cruzados ingleses preparavam-se para voltar à sua terra, julgou seu dever partir com eles.

Num novo Capítulo, em 1245, foi eleito 6° Prior Geral da Ordem carmelita.

Se a bula papal aplacara momentaneamente o furor dos inimigos do Carmelo, não o fizera cessar de todo. Depois de um período de calmaria, as perseguições recomeçaram com mais intensidade.


Nossa Senhora concede-lhe o Escapulário da Ordem

Abandonado de auxílio humano, São Simão recorria à Virgem, com toda a amargura de seu coração, pedindo-Lhe que fosse propícia à sua Ordem, tão provada, e que desse um sinal de sua aliança com ela.

Na manhã do dia 16 de julho de 1251, suplicava com maior empenho à Mãe do Carmelo sua proteção, recitando a bela oração por ele composta, Flos Carmeli. Segundo ele próprio relatou ao Pe. Pedro Swayngton, seu secretário e confessor, de repente “a Virgem me apareceu em grande cortejo, e, tendo na mão o hábito da Ordem, disse-me: “‘Recebe, diletíssimo filho, este Escapulário de tua Ordem como sinal distintivo e a marca do privilégio que eu obtive para ti e para todos os filhos do Carmelo; é um sinal de salvação, uma salvaguarda nos perigos, aliança de paz e de uma proteção sempiterna. Quem morrer revestido com ele será preservado do fogo eterno’”.

“Disse-me Ela […] que bastava enviar uma delegação ao Papa Inocêncio, Vigário de seu Filho, que ele não deixaria de me mandar remédio para nossos males”.


A expansão da Ordem do Carmo

Essa graça especialíssima foi imediatamente difundida pelos lugares onde os carmelitas estavam estabelecidos, e autenticada por muitos milagres que, ocorrendo por toda parte, fizeram calar os adversários dos Irmãos da Santíssima Virgem do Monte Carmelo.

“A Ordem do Carmo multiplicou-se tão prodigiosamente, sob a direção do nosso Santo, que poucos anos depois de sua morte, cerca do fim do século XIII, segundo a observação de Guilherme, Arcebispo de Tiro, essa Ordem contava já com mais de 500 mosteiros ou eremitérios, povoados por um grande número de religiosos, que o mesmo autor eleva ao número de 120 mil”.5

Como Geral, São Simão procurou propagar de todas as formas a Ordem pela Europa, preferindo fundar casas em cidades onde havia universidades. Foi o que realizou em Cambridge (1249), Oxford (1253), Paris (1254) e Bolonha (1260).

São Simão atingiu extrema velhice e altíssima santidade, operando inúmeros milagres, tendo também obtido o dom das línguas.

Apesar da idade, viajou pela Europa erigindo inúmeros mosteiros, e atribui-se-lhe também a fundação das Confrarias do Santo Escapulário.

Enfim, já centenário, chegando a Bordeaux, na França, quando se dirigia a Toulouse para o Capítulo Geral da Ordem, entregou sua alma a Deus, a 16 de maio de 1265.

De sua tumba saíram raios de luz durante 15 dias depois de sepultado, o que levou os religiosos a comunicarem o portento ao Bispo. Este chegou ao túmulo, acompanhado do clero e de muito povo. Tendo constatado o fenômeno, mandou que se abrisse o sepulcro, aparecendo o corpo do santo emitindo raios de luz e exalando delicada fragrância.

Por volta do ano 1276, o culto a Simão Stock foi confirmado para o convento de Bordeaux, pela autoridade da Santa Sé, e mais tarde para os de toda a Ordem carmelitana.


*   *   *

Notas

1– Les Petits Bollandistes, Vie des Saints, d’après le Père Giry, par Mgr. Paul Guérin, Bloud et Barral, Libraires-Éditeurs, Paris, 1882, tomo V, p.585.

2– Cfr. Les Petits Bollandistes, op.cit., p. 588.

3– Em latim, diz essa bela oração: “Flos Carmeli, Vitis florigera, Splendor Cœli, Virgo puerpera, Singularis; Mater mitis, sed viri nescia. Carmelitis da privilegia, Stella maris!”—  “Flor do Carmelo, vide florífera, Esplendor do Céu, Virgem incomparável, Singular! Ó Mãe amável e sempre virgem, dai aos Carmelitas os  privilégios de vossa proteção, Estrela do Mar!”.

4– Les Petits Bollandistes, op. cit., p. 592.

5– Id. ib. p. 593.




Nossa Senhora do Santo Escapulário do Carmo
Nossa Senhora voltou ao céu e o Escapulário permaneceu como sinal de Maria. Na última aparição de Lourdes e de Fátima, Nossa Senhora traz o Escapulário.

São passados mais de 750 anos, desde o dia 16 de julho de 1251. Todos os que trouxeram o Escapulário, com verdadeira piedade, com sincero desejo de perfeição cristã, com sinais de conversão, sempre foram protegidos na alma e no corpo contra tantos perigos que ameaçam a vida espiritual e corporal. É só ler os anais carmelitanos para provar a proteção e a assistência de Maria Santíssima.

O Escapulário é a devoção de papas e reis, de pobres e plebeus, de homens cultos e analfabetos. É a devoção de todos. Foi a devoção de São Luis IX, de Luis XIII, Luis XIV da França, Carlos VII, Filipe I e Filipe III da Espanha, Leopoldo I da Alemanha, Dom João I, de Portugal.

E a devoção dos Papas: Bento XV o pontífice da paz, chamou o Escapulário a "arma dos cristãos" e aconselhava aos seminaristas que o usassem. Pio IX gravou em seu cálice a seguinte inscrição: "Pio IX, confrade Carmelita". Leão XVIII, pouco antes de morrer, disse aos que o cercavam: "Façamos agora a Novena da Virgem do Carmo e depois morreremos".

Pio XI escrevia, em 1262, ao Geral dos Carmelitas: "Aprendi a conhecer e a amar a Virgem do Carmo nos braços de minha mãe, nos primeiros dias de minha infância".

Pio XII afirmava: "É certamente o Sagrado Escapulário do Carmo, como veste Mariana, sinal e garantia da proteção e salvação ao Escapulário com que estavam revestidos. Quantos nos perigos do corpo e da alma sentiram a proteção Materna de Maria".
Pio XII ainda chegou a escrever: "Devemos colocar em primeiro lugar a devoção do escapulário de Nossa Senhora do Carmo - e ainda - escapulário não é 'carta-branca' para pecar; é uma 'lembrança' para viver de maneira cristã, e assim, alcançar a graça duma boa morte".
O Papa João XXIII assim se pronunciou: "Por meio do Escapulário do Carmo, pertenço à família Carmelitana e aprecio muito esta graça com a certeza de uma especialíssima proteção de Maria. A devoção a Nossa Senhora do Carmo torna-se uma necessidade e direi mais uma violência dulcíssima para os que trazem o Escapulário do Carmo" Paulo VI afirmava que entre os exercícios de piedade devem ser recordados o Rosário de Maria e o Escapulário do Carmo.

O Papa João Paulo II era devotíssimo de Nossa Senhora e coloca a recitação do Rosário entre suas orações prediletas. Ele quis ser Carmelita. Defendeu sua tese sobre São João da Cruz, o grande Carmelita renovador da Ordem.

John Mathias Haffert, autor do livro "Maria na sua Promessa do Escapulário", entrevistou a Irmã Carmelita Lúcia, a vidente de Fátima ainda viva e perguntou, por que na última aparição Nossa Senhora segurava o escapulário na mão?

Irmã Lúcia respondeu simplesmente: "É que Nossa Senhora quer que todos usem o Escapulário".

As promessas específicas de Nossa Senhora do Carmo.

Primeira: Quem morrer com o Escapulário não padecerá o fogo do inferno.
Em primeiro lugar, ao fazer a sua promessa, Maria não quer dizer que uma pessoa que morra em pecado mortal se salvará. A morte em pecado mortal e a condenação são uma e a mesma coisa. A promessa de Maria traduz-se, sem dúvida, por estas outras palavras:
“Quem morrer revestido do Escapulário, não morrerá em pecado mortal”.
Para tornar isto claro, a Igreja insere, muitas vezes, a palavra “piamente” na promessa: “aquele que morrer piamente não padecerá do fogo do inferno”.

Segunda: Nossa Senhora livrará do Purgatório quem portar seu Escapulário, no primeiro sábado após sua morte.
Embora às vezes se interprete este privilégio ao pé da letra, isto é, que a pessoa será livre do Purgatório no primeiro sábado após sua morte, “tudo que a Igreja, tem para explicar estas palavras, tem dito oficialmente em várias ocasiões, é que aqueles que cumprem as condições do Privilégio Sabatino serão, por intercessão de Nossa Senhora, libertos do Purgatório pouco tempo depois da morte, e especialmente no sábado”. De qualquer modo, se formos fiéis em observar as palavras da Virgem Santíssima, Ela será muito mais fiel em observar as suas, como nos mostra o seguinte exemplo:

Em umas missões, tocado pela graça divina, certo jovem deixou a má vida e recebeu o Escapulário. Tempos depois recaiu nos costumes desregrados, e de mau tornou-se pior. Mas, apesar disso, conservou o santo Escapulário.

A Virgem Santíssima do Carmo, sempre Mãe, atingiu-o com grave enfermidade. Acometido pela doença, o jovem viu-se em sonhos diante do justíssimo tribunal de Deus, que devido às suas atitudes ruins e vida má, o condenou à eterna condenação.
Em vão o infeliz alegou ao Supremo Juiz que portava o Escapulário de sua Mãe Santíssima.
        — E onde estão os costumes que correspondem a esse Escapulário? Perguntou-lhe.
Sem saber o que responder, o infeliz olhou então para a Virgem Santíssima.
— Eu não posso desfazer o que Meu Filho já fez. Respondeu-lhe Ela.
— Mas, Senhora! exclamou o jovem, Serei outro.
— Tu me prometes?
— Sim.
— Pois então vive.
Nesse mesmo instante o doente despertou, apavorado com o que viu e ouviu durante o sonho, fez votos de levar adiante mais seriamente o Escapulário de Nossa Senhora do Carmo. Logo, sarou e entrou para a Ordem dos Premonstratenses. Depois de vida edificante, Deus chamou sua alma à pátria celeste. Assim narram às crônicas dessa Ordem.


A Serva de Deus Irmã Lúcia tornou-se
carmelita descalça. 
A Aparição de Fátima e o Escapulário.

Após a última aparição de Nossa Senhora de Fátima na Cova da Iria, surgiram aos olhos dos três videntes varias cenas.
Na primeira, ao lado de São José e tendo o Menino Jesus ao colo, Ela apareceu como Nossa Senhora do Rosário. Em seguida, junto a Nosso Senhor acabrunhado de dores a caminho do Calvário, surgiu como Nossa Senhora das Dores. Finalmente, gloriosa, coroada como Rainha do Céu e da Terra, a Santíssima Virgem apareceu como Nossa Senhora do Carmo, tendo o Escapulário à mão.

Por que Nossa Senhora apareceu com o Escapulário nesta última visão a 13 de Outubro em Fátima? Perguntaram a Lúcia em 1950.
Lúcia respondeu: É que Nossa Senhora quer que todos usem o Escapulário respondeu ela.
“E é por este motivo que o Rosário e o Escapulário, são dois sacramentais marianos mais privilegiados, universais, mais antigos e valiosos, adquirem hoje uma importância maior do que em nenhuma época passada da História”

Numa bula de 11 de fevereiro de 1.950, o Papa Pio XII convidava a "colocar em primeiro lugar, entre as devoções marianas, o escapulário que está ao alcance de todos"; entendido como veste mariana, esse é de fato um ótimo símbolo da proteção da Mãe celeste, enquanto sacramental extrai o seu valor das orações da Igreja e da confiança e amor daqueles que o usam.