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segunda-feira, 18 de julho de 2016

Beato Josef Mayr-Nusser, Leigo e Mártir (condenado à morte por negar-se a jurar obediência a Hitler). Reconhecimento recente do martírio.



Josef Mayr-Nusser nasceu em Bolzano (Itália), em 27 de dezembro de 1910, em uma família de camponeses profundamente cristãos. Casou-se aos 22 anos e teve um filho. Entre suas leituras favoritas estavam as obras de São Tomás Moro, Santo Tomás de Aquino e Frederic Ozanam, assim como a vida de São Vicente de Paulo.

Aos 22 anos, uniu-se à Sociedade de São Vicente de Paulo e à organização internacional de voluntários católicos dedicada a servir aos pobres e necessitados, a qual buscava imitar a caridade do santo.

Além disso, envolveu-se na Ação Católica e chegou a ser líder na Diocese de Trento em 1934. Em 1937, chegou a ser presidente da sucursal da Sociedade de São Vicente de Paulo em Bolzano.

Dois anos depois, começou a Segunda Guerra Mundial. Mayr-Nusser não perdeu tempo e entrou para o movimento antinazista “Andreas Hofer Bund”.

Ao reconhecer o martírio do Venerável Servo de Deus Josef  Mayr-Nusser, aprovando-lhe a beatificação, o Papa Francisco disse, “dar testemunho é a nossa única arma eficaz” e deve-se mostrar a todos que “o único chefe que tem direito a uma completa e ilimitada autoridade e a ser nosso ‘condutor’ é Cristo”, assinalou em referência ao surgimento do fascismo na Europa.

Entretanto, em 1943 a Itália entrou em uma guerra civil depois da breve detenção de Benito Mussolini. Neste contexto, os alemães invadiram a região norte do país. Os nazistas estabeleceram o “Schutzstaffel” ou “esquadrão protetor”, normalmente conhecido como as “SS”. Jozef foi obrigado a unir-se em 1944 às “SS”.

Em uma carta dirigida à sua esposa, Jozef escreveu: “Reze por mim, para que na hora da provação possa atuar sem indecisões segundo o parecer de Deus e da minha consciência (…) você é uma mulher corajosa e nem sequer os sacrifícios pessoais que possivelmente te exijam poderão endurecer o teu coração e condenar o teu esposo, porque preferiu perder a vida do que abandonar o caminho do dever”. 
Deste modo, no momento do juramento de lealdade a Hitler, Jozef se negou. De acordo com uma testemunha, Jozef estava “pensativo e preocupado”, mas com “voz forte” respondeu ao general: “não posso fazer um juramento a Hitler em nome de Deus. Não posso fazê-lo porque a minha fé e a consciência não me permitem”.

Por isso, foi preso e condenado à morte por traição em 1945. Foi enviado no trem ao campo de concentração de Dachau (Alemanha), onde deveria ser fuzilado.


Entretanto, durante a viagem teve uma disenteria e morreu no dia 24 de fevereiro de 1945 aos 34 anos, antes de chegar a Dachau. Quando encontraram seu corpo, Jozef estava com um Bíblia e um rosário.

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