Páginas

Encontre o (a) Santo (a), Beato (a), Venerável ou Servo (a) de Deus

segunda-feira, 30 de junho de 2014

Beato Diogo José de Cádiz, Presbítero Capuchinho e Missionário (dois textos biográficos)




Primeiro Texto

O Beato Diogo José de Cádiz nasceu em Cádiz, Espanha, a 30 de março de 1743. Filho de família nobre e ilustre ficou órfão de mãe aos nove anos. Pediu e foi admitido no noviciado dos Capuchinhos em Sevilha, a 30 de março de 1758. Ali fez sua profissão em 31 de março de 1759.
Depois de sete anos, durante os quais fez seus estudos de Filosofia e Teologia, recebeu a ordenação sacerdotal em Carmona. Atraído, por temperamento e vocação, para o apostolado ativo, trabalhou intensamente, com a palavra e com a escrita difusão da fé, em promover o entusiasmo religioso no meio do povo espanhol, lançando uma cruzada contra os revolucionários franceses de 1793 a 1795.
Desta sua luta, deixou como testemunho, o livro “El soldado católico en guerra de religión”, redigido em forma de carta ao sobrinho Antônio inscrito voluntariamente no exército. Difundiu eficazmente a devoção à Santíssima Trindade e a Nossa Senhora sob a invocação de Mãe do Divino Pastor.
Foi escolhido para consultor e teólogo em várias dioceses e constituíram- no cônego honorário em muitos cabidos de catedrais. Foi sócio de várias Universidades e Institutos de cultura. Mostrou-se modelo de capelão militar. Sua apurada educação clássica, seu bom senso intuitivo e a tradição franciscana salvaram-no do intelectualismo que predominava no seu tempo, mantendo-o na linha da pregação evangélica recomendada por São Francisco que, pelo fato de ser a mais simples, é também a mais sóbria e a mais eficaz.
Dotado por Deus de inteligência fora de série, converteu-se no grande apóstolo da Espanha que ele percorreu a pé, coberto com seu hábito e agarrado ao seu crucifixo. Dotado de amor ardente à Igreja, entregava-se longamente ao estudo da Sagrada Escritura para depois poder combater os erros do seu tempo em pregações ao povo e também à gente da cultura e das letras.
A oração, a penitência, a austeridade tornaram fecunda sua admirável vida tão ativa e enriquecida também com milagres. O Senhor chamou-o, em Ronda, junto a Málaga, a 24 de março de 1801, com 58 anos de idade, depois de 32 anos de intensa atividade missionária. Deixou-nos, além de três mil sermões já mencionados, numerosos escritos, entre os quais, preciosas cartas espirituais. Foi sepultado no santuário de Nossa Senhora da Paz, em Ronda, onde faleceu. O Papa Leão XIII, a 1º de abril de 1894, beatificou-o na Basílica de São Pedro, em Roma.




Segundo Texto

Nasceu em Cádiz a 30 de março de 1743, filho de José Lopes Caamaño, galego e de Garcia Pérez, andaluza. Viveu a sua meninice em Ubrique, onde estudou as primeiras letras, passando logo ao colégio dos dominicanos de Ronda para iniciar o curso de humanidades e filosofia, onde não teve grandes êxitos escolares. Aos quinze anos solicitou a entrada na Ordem aos capuchinhos de Ubrique. O seu pedido foi aceito. Vestiu o hábito em Sevilha no dia 12 de novembro de 1757, recebendo o nome de frei Diogo José de Cádiz.
Durante o noviciado deu mostras de grande fervor que diminui durantes os estudos de filosofia. Ao começar o segundo curso de teologia, deu-se nele uma rápida transformação espiritual. Por obra da graça, impôs-se a sim mesmo um método de vida de grande perfeição, patente na sua extraordinária vida interior. Foi ordenado sacerdote em Carmona (Sevilha). Pouco depois foi destinado a Ubrique onde começou a pregar os primeiros sermões, dirigidos especialmente à reforma dos costumes, à reconciliação dos inimigos e a combater aos erros do seu tempo. Estava convencido da sua missão apostólica providencial, servindo-se de duas armas eficazes: uma vida santa e uma sólida e ampla formação intelectual. Considera como fundamento e bases de todo o seu apostolado, o estudo, a oração e a penitência.
A partir de 1771 dedica-se por completo às missões populares. A primeira foi em Estepona (Málaga), seguindo-se outras em Castela, Madri, Navarra, Aragão, Catalunha, Valencia e Murcia. Era reclamado por toda a Espanha. A sua reputação de homem de Deus e varão apostólico estendeu-se por toda a geografia espanhola. As suas pregações eram acompanhadas de forte comoção popular trazendo consigo uma profunda renovação da vida religiosa e moral, com repercussões na vida pública. Muitas vezes teve de pregar nas praças públicas, devido grandes multidões que não cabiam nas igrejas. No dizer de Menéndez y Playo, Frei Diogo é a figura mais representativa da oratória religiosa espanhola depois de São Vicente Ferrer e de São João de Ávila: “desde então para cá, não ressoou palavra eloquente e inflamada dentro das fronteiras de Espanha” (Heterodoxos españoles II, 711).
Em 1782 pregou em Toledo, Ocaña e Aranjues, privando com o rei Carlos III e a corte, onde passou a ser estimado e venerado. Até 1795 calcorreou praticamente todo o território espanhol. Percorreu a pé 52.000 quilômetros e deixou-nos mais de três mil sermões e muitas cartas espirituais, realizando o seu desejo de ser “capuchinho, missionário e santo”.
Os últimos anos, de 1795 a 1801, foram passados em Andaluzia, sempre ocupado em trabalhos apostólicos e missionários. Fomentou com eficácia a devoção à SS. Trindade e a Maria com Mãe do Divino Pastor. Como eminente teólogo, foi eleito consultor de várias dioceses, cônego honorário em muitos cabidos de catedrais, sócio de universidades e institutos culturais, além de eficiente e ativo capelão militar.
Morreu a 24 de março de 1801 em Ronda (Málaga), onde costumava passar largas temporadas na cura de almas, em casa de alguns amigos que lhe prepararam um quarto e capela, em frente da igreja da Virgem da Paz, padroeira de Ronda, de quem frei Diogo era fervoroso devoto. A sua morte causou grande consternação em Espanha e foi anunciada até no Boletim Oficial do Estado a 26 de maio desse ano.

A mensagem de frei Diogo produziu abundantes frutos espirituais na sociedade espanhola do século XVIII, então em grandes convulsões sociais. Apesar das mudanças políticas que agitaram o país nos anos posteriores à sua morte, logo se iniciou o processo de beatificação. Leão XIII beatificou-o em 22 de abril de 1894.


Oração
Senhor, que concedestes ao Beato Diogo José de Cádiz a sabedoria dos santos, e fizestes dele guia e modelo para o seu povo, concedei-nos, por sua intercessão, a graça de sabermos discernir o que é bom e justo, a fim de anunciarmos a todos os homens a riqueza insondável da verdade que é Cristo. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário