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segunda-feira, 3 de março de 2014

SÃO CONRADO DE PARZHAM, Irmão Capuchinho (Padroeiro dos Porteiros)


São Conrado de Parzham
São Conrado de Parzham foi o segundo santo alemão canonizado depois da separação luterana da Igreja. O anterior fora também um capuchinho, São Fidélis de Sigmaringen, presbítero e protomártir da Ordem dos Capuchinhos. 

Chamado no batismo de Conrado Birndorfer, nasceu a 22 de Dezembro de 1818 numa numerosa família, proprietária de uma quinta em Venushof, no vale de Rott, na diocese de Passavia. Órfão aos 16 anos, dedicou-se ao trabalho do campo distinguindo-se já então pela prática da virtude e pelo espírito de oração.

Sentindo-se chamado à vida religiosa, entrou, aos trinta e um anos, na Ordem dos Capuchinhos e ali fez a sua profissão a 04 de Outubro de 1842. Destinado ao ofício de porteiro no convento e santuário de Altotting, na Baixa Baviera, ali permaneceu durante quarenta e três anos, edificando os seus irmãos e os muitos peregrinos com a prática da caridade e uma paciência inalterável. 

Grande devoto da Virgem Maria e da Eucaristia, dotado de dons extraordinários, entre os quais o dom da profecia e o de conhecer as consciências, provocou um despertar da fé em todas as regiões onde se foi difundindo a fama da sua santidade. 
São Conrado tinha uma grande sabedoria dada por Deus. Sabia dar conselhos e exortações que somente quem era iluminado pelo alto tinha capacidade de fazê-lo. Uma vez, perguntado por uma pessoa que, admirado por sua sabedoria, queria saber "de qual livro ele aprendera tudo isso", ele respondeu: "a cruz é o meu livro". 
Animado pelo zelo apostólico, entregou-se também à beneficência, sobretudo em favor de crianças e jovens abandonados ou em perigo, conhecidos pelo nome de Liebesswerk.

A 18 de Abril de 1894, depois de ter servido à mesa, foi para a portaria e ali começou a sentir-se mal. Pediu a um irmão para o substituir no seu trabalho, esperando que lhe voltassem as forças. Entretanto, elas não voltaram mais. Depois da oração de Vésperas, foi ter com o Guardião e, com toda a humildade, assim lhe falou “Padre, não posso mais”. Este mandou-o para a cama, na cela chamada de Nossa Senhora.

Frei Conrado, sem deixar notar que sofria, apertando nas mãos o crucifixo e o terço, entregou-se à oração. Na manhã de 21 de Abril, recebeu a Sagrada Comunhão e quis receber também a Unção dos enfermos e a absolvição geral. A calma e a serenidade que resplandeciam no seu rosto não permitiam esperar que a sua morte estivesse eminente.


Em dado momento, ouvindo tocar repetidamente a campainha da porta, fiel até ao fim, ao seu dever, com grande esforço, levantou-se e tentou sair. As suas forças, porém, já não lhe permitiram. Passou, naquele instante, um noviço que o levantou e, com a ajuda de outro o deitou na cama. Entrou logo em agonia. Um dos sacerdotes presentes recitou então as preces dos agonizantes e, às oito horas da tarde, no momento do Angelus, balbuciando fervorosas orações, com o olhar fixo no céu, morreu santamente. 
Era o dia 21 de Abril de 1894. Contava 76 anos de idade. A notícia da morte de São Conrado atraiu logo uma multidão de devotos, sobretudo crianças, que vieram venerar os seus restos mortais.
Dignou-se Deus, após sua morte, glorificar a memória de seu santo e humilde servo com muitos milagres. Foi canonizado por S.S. Pio XI no dia 20 de maio de 1934. 



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