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segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Beato Gaspar Stanggassinger, Presbítero Redentorista.


"Os santos têm intuições especiais - escreveu Padre Stanggassinger - O que é importante para mim, que não sou santo, são as simples verdades eternas: a Encarnação, a Redenção e a Santíssima Eucaristia" *.
Gaspar Stanggassinger, nascido em 1871 em Berchtersgaden, sul da Alemanha, era o segundo de 16 irmãos. Seu pai, homem respeitado por todos, era fazendeiro e explorava uma pedreira.
Desde a adolescência sentiu um crescente desejo de ser sacerdote. Em seus primeiros anos, Gaspar brincava de padre "pregando" breves sermões a seus irmãos e irmãs, os quais ele costumava levar em procissão a uma capela entre as montanhas perto da sua casa.
Aos 10 anos foi para Freising a fim de continuar os estudos. Achou bastante difíceis os estudos. Seu pai lhe disse que, se não passasse nos exames, teria de deixar a escola. Com uma vontade forte, notável dedicação e fidelidade à oração, fez constantes progressos. Nos anos seguintes, durante as férias, começou a reunir ao seu redor grupos de garotos para formá-los na vida cristã, criar uma comunidade entre eles e organizar o seu tempo livre. Todo dia o grupo ia à missa, passeava ou fazia uma romaria. Era admirável a dedicação de Gaspar para com eles e chegou a ponto de arriscar sua vida para salvar um garoto em perigo na subida de uma montanha.
Gaspar entrou no seminário de Munique e Freising em 1890 para começar o estudo da teologia. Para melhor discernir a vontade de Deus, seguiu voluntariamente um rigoroso programa de oração. Sem tardar teve a certeza de que o Senhor estava chamando-o para a vida religiosa. Com efeito, após uma visita aos Redentoristas, teve a inspiração de seguir sua vocação missionária.
Não obstante a oposição do pai, entrou para o noviciado redentorista de Gars em 1892 e foi ordenado sacerdote em Regensburg em 1895. Gaspar Stanggassinger entrou na Congregação do Santíssimo Redentor com a intenção de ser missionário. No entanto, foi nomeado pelos superiores para formar os futuros missionários como vice-diretor do seminário menor de Durrnberg, perto de Hallein. Dedicou-se totalmente a esta responsabilidade.
Como religioso, fez voto de obediência e viveu-o com transparência e de modo consistente.
Toda semana passava 28 horas ensinando nas salas de aula e era sempre acessível aos rapazes. Aos domingos nunca deixou de prestar serviços nas igrejas das aldeias vizinhas, sobretudo na pregação. Mesmo com tanta carga de trabalho, era sempre paciente e compreensivo com as necessidades dos outros, particularmente dos estudantes, que viam nele mais um amigo que um superior. Embora as regras da formação naquele tempo fossem muito rigorosas, Gaspar nunca agiu rispidamente, e cada vez que ele tinha a impressão de ter sido injusto com alguém, pedia desculpas sem demora e humildemente.

Profundamente devoto de Jesus na Eucaristia, convidava os rapazes e os fiéis aos quais pregava a recorrer ao Santíssimo Sacramento nas horas de necessidade e ansiedade. Exortava-os a ir até Jesus para adorá-lo e falar-lhe como a um amigo. Suas pregações eram contínuos apelos aos fiéis para levar a sério a vida cristã, crescendo na fé por meio da oração e da conversão contínua. Seu estilo era direto e cativante, sem ameaças de castigos como era comum nos sermões da época.
Em 1899 os Redentoristas abriram um novo seminário em Gars. Padre Stanggassinger foi transferido para lá como diretor. Tinha 28 anos de idade. Apenas teve tempo de pregar um retiro para os estudantes e de participar da abertura do ano letivo. No dia 26 de setembro terminou sua jornada terrestre, vítima de peritonite.
A causa da beatificação começou em 1935, com a trasladação do corpo para a capela lateral da igreja de Gars. No dia 24 de abril de 1988 foi proclamado bem-aventurado pelo Santo Padre, o beato João Paulo II.

* Nota do autor do blog: concordo com o senhor, padre Gaspar! Nós, cristãos católicos, estamos perdendo pouco a pouco a fé justamente por não valorizarmos os verdadeiros tesouros de nossa Sagrada Religião. Se quisermos robustecer a nossa fé, temos que voltar nosso pensamento, atenção, consideração, carinho e amor para os Mistérios da Encarnação do Verbo, da Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus e da Santíssima Eucaristia. Não existe cristianismo sem isso. Não seremos católicos verdadeiros sem crermos, valorizarmos e vivenciarmos esses sagrados Mistérios de Cristo Jesus. 
Que a Virgem Maria nos conceda a fé que ardia nos corações dos santos. Somente assim, nossas trevas converter-se-ão em luz. Amém. Amém. Amém! 

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