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segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Beata Maria Rafols Bruna, Virgem e Fundadora do Instituto das Irmãs da Caridade de Santa Ana (Heroína do Sítio de Zaragoza)


Beata Maria Rafols Bruna, Virgem e Fundadora
Maria Rafols é conhecida, com razão, como a “heroína da caridade”. Ela recebeu este título por sua heróica atuação durante os anos de sítio em Zaragoza (Espanha). A Igreja a reconhece pelo carisma de doação que em toda sua vida viveu. São Paulo na Segunda carta aos Coríntios, capítulo doze, versículo quinze, bem nos explica esta doação de vida: “De muita boa vontade, darei o que é meu e me darei a mim mesmo pelas vossas almas, ainda que vos amando mais, seja menos amado por vós”.
Maria nasceu em 1781, em Villafranca Del Penedés (Espanha), em uma humilde família de dez filhos. Em Barcelona, conhece a D. Juan Bonal, vigário do Hospital da Santa Cruz, que está reunindo vocações para um ambicioso projeto de caridade: consagrar a vida ao serviço dos enfermos, portadores de deficiências mentais e crianças doentes desse Hospital, e agrupa-las em uma irmandade. 
Em 1804, este sacerdote mudou-se para Zaragoza e conseguiu com a junta do Hospital de Nossa Senhora das Graças, o envio dos grupos: de homens e mulheres procedentes da irmandade de Barcelona. A frente do grupo de mulheres irá Maria Rafols.
Santinho da beata com uma relíquia. 
Quando chegaram a Zaragoza, Maria Rafols e as jovens que a acompanharam dirigiram-se a Virgem do Pilar, para pedir sua proteção e amparo para desempenhar com caridade e fervor a missão a que se propuseram trabalhar, que não é outra senão servir com amor a Jesus Cristo, vivo em cada doente; tarefa nada fácil para qual necessitam o alento da Virgem Maria. É a primeira semente da Congregação das Irmãs da Caridade de Santa Ana.
Maria inicia seu trabalho assistencial e espiritual. A situação dos Hospitais era lamentável: desordem, abuso e toda espécie de revelias.  Logo se percebem muitas melhoras, pelo trabalho daquelas mulheres silenciosas e esforçadas sob o governo prudente e discreto de Maria Rafols. O Bispo de Huesca pede irmãs para que atendam outro hospital. Por diversas complicações entre a direção de ambos os hospitais, estas duas comunidades só em 1868 podem unir-se em uma única família religiosa.

       Mulher admirável 

Coube-lhe viver em um momento de profundas mudanças políticas, tempos difíceis. Durante a guerra da independência, as irmãs dão testemunho do seu heroísmo, especialmente quando o hospital é bombardeado e incendiado. Entre balas, ruínas e escassez total de alimentos, a Madre se arrisca até a sair na cidade sitiada para pedir a Mariscal Lannez esmola para os enfermos e feridos, e o duro comandante se comove. Nada pede para si, só arrisca sua vida pelos demais.




Madre Rafols socorrendo crianças abandonadas.
Maria Rafols vê ser necessário dar às irmãs a estabilidade de instituto religioso. Vendo nisso um modo de viverem a paz e a união fraterna entre elas, porém durante vários anos encontra dificuldades para fundá-lo. Em 1813, Maria se encarrega inclusive, do departamento dos meninos abandonados, que é um dos mais complicados e difíceis e onde as irmãs vão viver com maior abnegação.  Enquanto isso vão amadurecendo as constituições da Congregação, até que em 15 de julho de 1824, são aprovadas.


Madre Rafols: vida unida à de Cristo: na oração,
na caridade, no heroísmo e na cruz. 

 Madre Rafols, que sempre tinha por objetivo ajudar a todos não levando em conta diferenças políticas, recebe como prêmio uma denúncia e o encarceramento por dois meses e o desterro de seis anos em Huesca. 
Tudo isto sofrido com paz e sem nenhuma queixa, o que a fez participar de um grupo, a quem Jesus chama bem-aventurados: mansos, perseguidos por causa da justiça, misericordiosos... No fim de 1841, pode regressar.

Em 1853, entrega sua alma a Deus. Sua morte é reflexo de sua vida: serenidade, paz, carinho e agradecimento às irmãs, entrega definitiva ao amor, por quem viveu e consumiu a si mesmo sem reservas.





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