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quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Venerável Serva de Deus Antonietta Meo, Virgem e Criança (a Santidade na Infância)


Serva de Deus Antonietta Meo
Antonietta nasceu em Roma em 15 de dezembro de 1930. Era uma menina alegre, vivaz com resposta pronta para tudo. Gostava de cantar e sua voz alegre ressoava pela casa, segundo sua mãe.

Antonietta começou a sofrer sua enfermidade (osteosarcoma, câncer ósseo) aos cinco anos, quando amputaram sua perna. Seus pais eram extremamente católicos, rezavam diariamente o Rosário frequentavam a Santa Missa também todos os dias. Ao sentirem a gravidade do problema da filha, decidiram antecipar sua festa de Primeira Comunhão. 

A partir desta data, Antonieta começou a escrever cartas para Jesus. ( no início,ela ditava para sua mãe, depois aprendeu a escrever). Estas cartas chegaram a 105 e também escrevia para a Virgem Maria a quem se dirigia com ternura confidencial, expressando todo o seu amor por Jesus e seu desejo ardente de recebê-Lo em seu pequeno coração. 

Também pedia a Deus  ajuda para conservar-se sempre em Sua Graça, suplicando bênçãos e graças para todos a sua volta e por todos os pecadores. 

Tinha extraordinária maturidade espiritual, tanto que, pequena ainda, já demonstrava desejo por interceder, ao chegar no Céu,  pelas almas. Em 12 de junho de 1937, dirá a sua mãe: “No Paraíso, não me divertirei, quero trabalhar pelas almas”. E a mãe lhe disse: “como Santa Teresinha que do céu faz cair uma chuva de rosas. E tu, o que farás cair?”. Antonieta lhe respondeu: “Eu farei cair uma chuva de lírios”. Faleceu docemente, com um leve sorriso nos lábios, no dia 03 de julho de 1937. 

O processo desta menina, morta antes dos sete anos, foi aberto em 1942. A fase diocesana  de beatificação foi concluída em 1972. É justamente por sua pouca idade e que se encontra  e se analisa o limite da que é considerada a idade da razão e que tornou perplexos todo que examinaram seu caso. 

Muitas foram as dificuldades encontradas no decorrer do processo. Nenhuma lei canônica determina o limite da idade daqueles que se pretende instituir o processo de beatificação, porém, somente em 1981, através da Declaração da Sagrada Congregação da causa dos Santos, a Igreja reconheceu  plenamente que também as crianças podiam realizar atos heroicos de fé, esperança e caridade e podiam ser elevadas à honra dos altares.

 Assim se pronunciou o Papa Paulo VI, quando foi substituto de Estado, ao ler a biografia e as cartas de Antonietta Meo:

“Na verdade, o Senhor se manifesta em toda a terra... operando nas almas por caminhos misteriosos e concede  a muitos penetrar em seus mistérios. Através da leitura da vida desta menina, que não tinha sequer sete anos,  descobrimos que o mistério da sabedoria divina se esconde dos soberbos e se revela aos pequenos."

A Serva de Deus no dia de sua
Primeira Eucaristia
Antonietta recebeu sua Primeira Comunhão aos seis anos, depois da confirmação de sua doença, quando começou a piorar. Sofreu muito... dores atrozes, porém dizia a todos, inclusive para sua mãe: estou bem e pedia ao sacerdote que lhe  levasse a Comunhão todos os dias. 

Na sua última carta, dizia:
"Querido Jesus crucificado, eu te quero muito, te amo muito. Quero estar contigo no Calvário. Querido Jesus, diz a Deus Pai que também quero muito, amo  muito Ele. Querido Jesus, dai-me a força necessária para suportar estas dores que Vos ofereço pelos pecadores.

Esta carta chegou às mãos do Santo Padre Pio XI que se comoveu ao lê-la e enviou a Antonietta, sua benção apostólica.

Sua agonia foi de muito sofrimento. Segundo seu médico, suas dores eram insuportáveis. Todos que depuseram no processo testemunharam a extraordinária serenidade desta menina, nestes momentos.

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